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AGENDA

03/08/08

poesia de Pedro Afonso

lida pelo autor, HOJE, Domingo 3, na Feira do Livro de Faro - pavilhão do Sulscrito, a partir das 21horas

O 1º livro do jovem (em idade, não na maturidade da escrita) farense Pedro Afonso é também o 1º livro da nóvel editora algarvia 4águas.




hoje, a alma queimada de sol e sal cuja carícia o corpo teima em recordar numa nostalgia que rejeito, escolho este poema:


alva lisura que se interpõe à mente
íngreme plano do possível

corro com os percevejos nas calhas
dos rodapés da nave mãe

que alicerces se constroem secretos
no inacessível do habitáculo ser

as vigas fundamentos aéreos que rondamos
e preenchemos desde margens inconcebíveis

perecíveis construções inorgânicas
que não duram mais que dizê-las

a traça de volta do candeeiro
a alva lisura que se lhe interpõe

o desconectar do corpo as asas
cair sereno para os confins do útero

descer na mente até onde tudo intercepta tudo
como pensar como lembrar como esquecer

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