ABRIMOS NOS DOMINGOS 15 e 22 DEZ.

Aberto de 2ª a Sábado
das 10h às 14h e das 15h30 às 19h30
abrimos à noite para as sessões agendadas

AGENDA

29/11/08

4ª f, 3 Dez

festa de inauguração do Pátio B@r

19h00
música africana, com Mário Spencer

20h00
Stand up Comedy por Luís Rocha

21h00
poesia surrealista dita por Afonso Dias

22h00
jazz, com Miguel Martins Trio


organização: Osvaldo Rocha (919 437 646 - 289 094 372)


A Livraria Pátio de Letras estará aberta até às 21h30

21/11/08

Miguel Real em Faro

Hoje, 21 de Novembro, às 21h30, na Biblioteca António Ramos Rosa

O Pátio de Letras estará presente com as obras de Miguel Real, editadas pela Quidnovi.

A Biblioteca Municipal de Faro recebe hoje, dia 21 de Novembro, o escritor Miguel Real, para a apresentação do seu novo livro “O Sal da Terra”. A sessão conta também com a presença do escritor Fernando Esteves Pinto, numa colaboração com a Sulscrito.

“O Sal da Terra” é um romance que fala sobre a vida do imortal escritor, eclesiástico e diplomata Padre António Vieira, no ano em que se comemoram os 400 anos do seu nascimento.

MIGUEL REAL, pseudónimo de Luís Martins, nasceu em Lisboa em 1953.
É licenciado em Filosofia pela Universidade de Lisboa e Mestre em Estudos Portugueses pela Universidade Aberta com uma tese sobre "Eduardo Lourenço e a Cultura Portuguesa", estando neste momento a preparar um doutoramento sobre a mesma temática.
Professor de Filosofia no ensino secundário e especialista em Cultura Portuguesa, possui uma vasta obra dividida entre o ensaio, a ficção e o drama (neste último género sempre em colaboração com Filomena Oliveira).

Em 2001, foi bolseiro do programa "Criar Lusofonia" do Centro Nacional de Cultura tendo, ao abrigo dessa bolsa, percorrido o itinerário do Padre António Vieira pelo Brasil. Dessa viagem trouxe um diário, publicado em 2004, e material para um romance - "O Sal da Terra" acabado de publicar, no âmbito da comemoração dos 400 anos do nascimento do jesuíta luso-brasileiro, em 2008.

O autor recebeu o Prémio Revelação de Ficção da APE/IPLB em 1979 (“O Outro e o Mesmo”), o Prémio Revelação de Ensaio Literário da APE/IPLB em 1995 (“Portugal – Ser e Representação”), o Prémio LER/Círculo de Leitores em 2000 (“A Visão de Túndalo por Eça de Queirós”) e o Prémio Literário Fernando Namora em 2006 (“A Voz da Terra”).

Obras de Miguel Real na Quidnovi:
romance histórico: A Voz da Terra – O Ultimo Negreiro - O Ultimo Minuto na Vida de S. - O Sal da Terra (novidade editorial)
ensaio: O Marquês de Pombal e a Cultura Portuguesa – Agostinho da Silva e a Cultura Portuguesa - O Ultimo Eça – Padre António Vieira e a Cultura Portuguesa (novidade editorial)

20/11/08

Sábado 22, 17h00, no Pátio de Letras








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Convite/Desafio para participação na construção de

uma Árvore de Natal Solidária


Árvore da Poesia - instalação e leitura de poemas

Até ao dia 14 de Dezembro entregue-nos no Pátio ou envie-nos um poema seu, inédito, não maior que 1/4 de uma folha A4.
Os poemas serão colocados na Árvore da Poesia e será coligida uma pequena antologia, em formato artesanal, com os poemas dos participantes.

No dia 20 de Dezembro, pelas 17 horas, haverá um recital e será apresentada a antologia. Os autores que quiserem estar presentes poderão ler os seus poemas. A antologia será então colocada à venda no Pátio de Letras, revertendo as receitas da venda para uma IPSS de Faro.

Guias Sobre Vinhos

Os Melhores Vinhos Entre 3 e 5 euros (2008-2009), de Aníbal Coutinho

Tudo Sobre o Vinho do Porto, de João Paulo Martins


101 Coisas que Deve Saber Sobre Vinhos, de Andrew Jefford


Como Apreciar Vinhos, de Hugh Johnson

Agendas 2009 da Editora Assírio & Alvim

Culinário 2009 - uma receita por dia

Poemário 2009 - um poema por dia

Diário 2009 - dia após dia, mês após mês, com alguns poemas, citações e efemérides

Algumas das novidades da Editorial Caminho no Pátio de Letras

A Viagem do Elefante, de José Saramago

A Sexualidade, a Igreja e a Bioética, de Miguel Oliveira da Silva

Para Cima e Não Para Norte, de Patrícia Portela


algumas das novidades editoriais no Pátio de Letras

A Lâmpada de Aladino, de Luis Sepúlveda

Contos Policiais, de Vários Autores


Segundo Diário Mínimo, de Umberto Eco

Um Dia de Cólera, de Arturo Pérez-Reverte


O Eco Silencioso, de João Lobo Antunes


Instruções Para Salvar o Mundo, de Rosa Montero

Amuado, Aluado, Tatuado, de Jim Borgman e Jerry Scott
Vencedor do Prémio de Melhor Albúm de Tiras Humorísticas no Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora - 2008

11/11/08

sábado, 15 Nov, 17h00

Apresentação do livro de contos do Dr. Valério Bexiga, acabado de dar à estampa pela GSE.


A apresentação será feita por José António Barreiros, que prefaciou o livro e sobre ele escreveu:

"Este é um livro singular, saído dos prelos sob a chancela de uma editora que se chama Gente Singular.

É um livro notável, pelo que conta, pelo que sugere, pelo que pressupõe. Um livro destes pressupõe no leitor a capacidade de saber rir, mesmo de si próprio, pois estamos todos, os bons e os maus, os outros e os próprios, nas páginas destes contos. Mais do que contar o mundo alheio, é um instantâneo fotográfico, surpreendendo-nos em embaraçoso flagrante. (...)

Quem dera saber escrever assim!"

sábado 22 Nov. 17h00








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09/11/08

Nuno Júdice

Ontem, sábado 8 de Novembro, pelas 17h00, foi apresentado, no Pátio de Letras, o livro de poesia de Nuno Júdice, O Breve Sentimento do Eterno

A apresentação esteve a cargo de José Carlos Barros que, poeta e homem da cultura e pela cultura que é, brindou a assistência que encheu o Pátio com um belíssimo texto que contamos partilhar em breve aqui no blog. Nuno Júdice falou em seguida da sua escrita e deste livro em particular, ao qual, pela história da sua edição apodou, ironicamente, de "obra póstuma" e leu-nos vários dos sonetos que nele se incluem.

José António Barreiros, no início da sessão, fez uma breve introdução que ora reproduzimos .


"No início da década de sessenta uma nova geração soube libertar-se das limitações estéticas da arte socialmente comprometida, que o neo-realismo pastoreava. Não sem riscos, mesmo na Literatura.
Nessa altura, essa nova geração de universitários trouxe à escrita portuguesa um novo fôlego de modernidade, resgatando, pelo cosmopolitismo, quarenta anos de isolacionismo mental, mortos que estavam, entre naus e armaduras, os heróis do modernismo, saudosistas de um passado numa Nação entretanto sem futuro.
No início da década de sessenta um jovem atreveu-se a erguer a sua voz na poesia, arauto de uma proclamação, manifesto contra todos os que queriam na Arte política, na Literatura panfleto, na poesia hino. Nuno Júdice trouxe à vida cultural portuguesa o tema inquietante da inutilidade da poesia.
Inútil, porque não útil no sentido de utilizável. Inútil porque, do ponto de vista espiritual, indispensável. Inútil, enfim, porque no ângulo da fruição dos prazeres da vida, voluptuária.
Abertas as portas da liberdade poética, estava apontado o rumo a este novo criacionismo.
Minucioso artífice, esse jovem tinha diante de si, como tijolo para a sua edificação, a palavra; como cimento para edificar, a morfologia; como fio de prumo para a solidez da sua obra, a sintaxe.
Nuno Júdice foi arquitecto de um novo modo estruturado e geométrico de construir poesia. Sem ele tudo teria sido diferente. Nuno Júdice foi engenheiro no cálculo da resistência dos materiais, atrevendo-se na ponderação cinética do soneto, esse prodígio de equilíbrio poético montado sobre palafitas. Ousou edificar também, na extensão larga em que a volumetria da linha escrita se horizontaliza, aproximando visualmente a poesia da prosa, essa forma de dizer com a não comprida e economia de papel, assim o digam os editores.
Chegado a este ponto, este jovem que nasceu exactamente no mesmo ano que eu, viveu o tempo suficiente para, qual alma oriental errante no Ocidente esfíngico e fatal, fundir na caligrafia a estética do escrito, o conteúdo do dito e a beleza do modo de dizer.
Este é pois um livro sobre a palavra, um livro sobre a escrita, um livro sobre a caligrafia.
O Pátio de Letras tem a maior honra em acolher quem, tendo aprendido a desenhar letra por letra de cada palavra, em papel pautado a duas linhas, soube libertar-se do papel quadriculado da Literatura agrilhoada a uma causa e do papel branco da Literatura liberta de qualquer
efeito."

04/11/08

LUTO



Morreu João Resende, conhecedor profundo da história de Faro e da sua toponímia. Aqui deixamos preito de homenagem e enviamos condolências à família e amigos.

Sendo pai do actual Presidente da Sociedade Recreativa Artística Farense, figura de relevo na Semana dos Artistas e mentor da homenagem a Filipe Ferrer, que teria lugar hoje, a programação desta noite foi cancelada.

O programa prossegue amanhã, precisamente com o Pátio de Letras, pelas 22h00 8para ver a programação da semana clicar na imagem).

O Pátio de Letras na UALG

no próxima 5ª e 6ª feiras, dias 6 e 7, o Pátio de Letras terá uma banca de livros no 1º Encontro da AGECAL, a convite desta, encontro cujo tema é:
Que desenvolvimento cultural para o Algarve? (ver o horário e programa aqui)

temas dos livros que vamos ter à entrada do Auditório Teresa Gamito, na FCSH da UALG (campus de Gambelas): música, cinema, teatro, temas de cultura portuguesa, património, gestão cultural... enfim, cultura MUITA, para todos os gostos e para todas as bolsas...

Homenagem a José Louro


No próximo dia 7 de Novembro, 6ª feira, pela sua actividade de mais de 40 anos na cultura, ensino e acção cívica em Faro.
Promovida por um grupo de cidadãos da região, a sessão terá lugar durante um jantar a realizar no Restaurante Tira Gostos, situado na Praça da Paz .

inscrições: tel:289 822 324 (14h/19)

01/11/08

Mircea Eliade - Diário Português

Traduzido do romeno, disponível em português, editado pela Guerra & Paz. É o Diário Português de Mircea Eliade, correspondente ao período em que foi adido cultural da Embaixada da Roménia em Lisboa, nos anos da Segunda Guerra.
É um livro comovente, trágico pelo período histórico em que é escrito, sofrido pelo turbilhão de sentimentos em que o seu autor se envolve, controverso porque não há ângulo das suas reflexões, do seu psiquismo, das suas ânsias e pavores íntimos que dêem trégua ao leitor.
Tudo o que no humano é agónico está ali. Ao conformismo burguês, para quem as águas paradas da tranquilidade são consolo, mesmo quando palustres os afectos, e o sangue estagnado da vida por viver, seiva, mesmo quando gangrenado o espírito empreendor, este livro seguramente ofende: nada como o que é grande e generoso para gerar no outro o sentimento recriminador da pequenez mesquinha, ainda que mascarado pelo desprezo.
Mircea vive entre crises de casto misticismo pan-religioso e tendências orgiásticas permanentes, mistura venenosa que vai macerando no almofariz do seu profundíssimo amor por Nina, que lhe morre ao longo de cada página, numa agonia lenta, pontuada pelo repicar dos sinos da Igreja de Fátima, perto da qual, na Avenida Elias Garcia, viveram, os últimos anos em penúria económica. Poucos leitores se conseguirão equilibrar entre as fantasias e os remorsos pelo que surge, sugerido como através de um véu, numa escrita inconfessável, um perfume de libido triste.
Pior sucede para aqueles que na política vêem o princípio e o fim do único critério possível, incapazes de entenderem que o seu patriotismo tenha vivido em sobressalto constante ante a sujeição de Churchill a Estaline, a esperança de que Adolph Hitler conseguisse extirpar o paganismo eslavo, cuja vitória significaria para ele o fim desse enclave de latinos do oriente que foi a sua Pátria, a Roménia: por causa disso, quantos se recusarão a ler uma linha que seja do fascista, para o qual não pode haver sequer o benefício da compreensão. E, no entanto...
Naturalizado americano, por ter emigrado depois da passagem por Lisboa para Chicago, onde faleceu, o autor de O Sagrado e o Profano deu vida a uma vastíssima obra: a mais conhecida é sobre a história das religiões, a mais profunda sobre as filosofias orientais, a alquimia, as sociedades iniciáticas, o ioga e tantas outras facetas do humano, do divino, do terreno.
Nas citações fáceis, Mircea Eliade é conhecido vulgarmente pela doutrina do eterno retorno. Eis o que se sente ao terminar a leitura deste livro: o desejo de que a vida nos volte, primitiva, possível, renovável.
Estão nestas linhas a raiva de Nietzshe, a inquietação de Kierkegaard, o homem ante o espelho da sua existência. São migalhas de uma mesa repleta de um farto banquete.
jab