ABRIMOS NOS DOMINGOS 15 e 22 DEZ.

Aberto de 2ª a Sábado
das 10h às 14h e das 15h30 às 19h30
abrimos à noite para as sessões agendadas

AGENDA

15/09/10

POLÉMICO: "EU ROUBEI O STA. MARIA

no prelo


APRESENTAÇÂO: 2 de Out., 21h30 Pátio de Letras, Faro
por JOSÉ ANTÓNIO BARREIROS, tradutor e prefaciador do livro de JORGE SOUTOMAIOR, o operacional galego que, com Henrique Galvão, comandou o assalto ao paquete de luxo Sta. Maria, ocorrido a 22 de Jan. de 1961. Já nas máquinas da tipografia, este livro – desconhecido até agora em Portugal – lança uma nova luz sobre muitas ideias feitas (“à medida da oposição” ao regime de Salazar) relativamente a um episódio da nossa História da resistência à ditadura, ideias estas que encontram, aliás, expressão clara no filme de Francisco Manso a estrear ainda este mês – “Assalto ao Sta. Maria” (como pude constatar na ante-estreia ocorrida no passado dia 13, no cinema São Jorge, em Lisboa).

Na Revista Actual do Expresso deste próximo fim de semana, larga menção ao livro e acontecimentos históricos nele relatados.

Sinopse:
Livro de revelações sensacionais, “Eu roubei o Santa Maria” conta das negociações secretas conduzidas por Jorge Soutomaior e Álvaro Lins para a compra de torpedeiros que afundassem o “Vera Cruz”, que um mês depois transportaria tropas para Angola. Acto que Galvão impediu.

«Tendo em conta a agitação subterrânea existente em Portugal, agudizada pela captura do Santa Maria, a tentativa no Vera Cruz e o descontentamento na Marinha, o Governo de Salazar estava obrigado a manter tropas suficientes na Metrópole. Por pouco que as colónias se movimentassem, ver-se-ia na necessidade de elevar os contingentes de recrutas, impor os maiores sacrifícios ao povo, pedir ajuda aos membros da OTAN e a Espanha, apoiando-se no Pacto Ibérico. Quer dizer: com o tempo poderia reunir forças suficientes para fazer frente, com êxito, à sublevação africana e eternizar a guerra. Daí que o MNI deveria ampliar na Metrópole a luta em todas as direcções, desenvolvendo a consciência popular contra a guerra colonial. Em linhas gerais era esta a concepção da minha estratégia, a qual foi aceite pelo DRIL e partilhada por um grupo importante de portugueses. Para tal fim, ajudado por Álvaro Lins e por um Capitão de Mar-E-Guerra brasileiro, iniciei negociações - sem o conhecimento de Galvão - para adquirir duas lanchas contra-torpedeiros de uma determinada potência europeia (…). Preço no lugar de construção: 362 000 dólares. Condições de entrega no lugar que indicássemos: compromisso escrito de que Portugal sairia da OTAN quando a oposição, dirigida por Galvão, subisse ao poder. (…) Um mês depois o Vera Cruz navegava pelo golfo da Guiné, transportando 1 500 soldados e equipamento para a guerra de Angola. O Vera Cruz teria sido afundado sem misericórdia; mas numa pequena enseada na Costa da Guiné não havia lanchas torpedeiras, por causa do Galvão».

clicar na imagem para aumentar/ler

2 comentários:

JDACT disse...

Excelente trabalho.
Obrigado.
A amizade é o maior triunfo da vida.
JDACT

Liliana disse...

Grata pelo seu comentário e larga refrência no seu excelente blog (que acabo de descobrir com gosto):
http://montalvoeascinciasdonossotempo.blogspot.com/2010/09/jose-antonio-barreiros-jorge-soutomaior.html