ABRIMOS NOS DOMINGOS 15 e 22 DEZ.

Aberto de 2ª a Sábado
das 10h às 14h e das 15h30 às 19h30
abrimos à noite para as sessões agendadas

AGENDA

29/01/12

Novidades para os mais pequenos...







O LIVRO DA TILA,
Matilde Rosa Araújo

O Livro da Tila desvela o universo de uma infância, em parte eufórico, feito de pequenos deslumbramentos perante o mundo e a natureza. De uma sensibilidade apurada e minimal, exaltando a comunhão com a natureza, com os seres e a divindade, franciscana por excelência, a poesia de Matilde leva-nos a redescobrir o prazer de existir e de ler.
Caminho, 12€

ADORO CHOCOLATE, Davide Cali

Um álbum para leitores apaixonados pelo chamado alimento dos deuses. Com ilustrações de cores alegres, personagens de formas suaves e arredondadas, e um estilo próximo da BD, pleno de humor, apresenta um cardápio de delícias.
Kalandraka, 9€

HISTÓRIA DO SEMPRE E DO NUNCA, Teresa Lobato de Faria

Um livro que reflecte sobre a morte e a esperança. A morte da rainha leva o rei a deixar de acreditar em fadas e na felicidade. Mas a sua filha quer lutar contra esta ideia e ao descobrir os segredos que o bosque e as fadas guardavam, consegue reconquistar a felicidade e espalhar esperança pelo seu reino e por todo o mundo.
Oficina do Livro, 12.90€

O PRÍNCIPE COM CABEÇA DE CAVALO, António Mota, Catarina Correia Marques

Era uma vez um rei e uma rainha que estavam casados há muitos anos e não tinham filhos. O rei tinha muita pena e a rainha andava muito triste porque gostava muito de crianças. Um dia, a rainha foi dar um passeio pelos jardins do seu castelo e encontrou uma velha. O que terá dito a velha à rainha?
Gailivro, 10.90€

Destaques e novidades editoriais


















ENCONTRO À BEIRA-RIO
, Christopher Isherwood

A história de dois irmãos que personificam os anseios espirituais e sexuais do próprio Isherwood. Oliver, que vive nas margens do Ganges, escreve a Patrick, anunciando que se tornará monge. Patrick, por sua vez, decide partir de imediato para a Índia, numa tentativa de dissuadir o irmão de o que considera um tremendo erro.
Quetzal, 14.90€

A CAIXA NEGRA, Amos Oz

A caixa preta a que se refere o título não pertence a um avião, mas sim a uma relação amorosa desfeita. Anos depois de um divórcio escandaloso, a esposa rejeitada emerge das cinzas do tempo, da distância e do rancor, para passar a limpo o seu casamento com um professor e escritor mundialmente famoso.
D. Quixote, 13.50€

COMO ESTAMOS FAMINTOS, Dave Eggers

Dave Eggers maneja a narrativa curta de forma tão magnífica, que devolveu a este género o relevo e o estatuto que sempre teve no panorama literário norte-americano. Nesta imperdível selecção, revela o seu talento numa imensa variedade de registos - histórias sombrias, divertidas, ousadas e infinitamente inventivas.
Quetzal, 14.90€

SEBASTIANISMO E QUINTO IMPÉRIO, Fernando Pessoa

Trinta e dois anos após a publicação de “Sobre Portugal”, sai uma nova edição, desta vez dedicada exclusivamente ao sebastianismo e ao Quinto Império. Neste livro são reeditados 23 textos publicados pela primeira vez em 1979, outros 35 publicados de forma dispersa em diferentes edições, e são transcritos e organizados 43 textos inéditos.
Ática, 19.90€

ERA TUDO TÃO BOM, Linda Grant

Filho de imigrantes trabalhadores nos soalheiros arredores de Los Angeles, Stephen jamais imaginou que passaria a sua vida adulta sob o céu cinzento do norte de Londres, que faria um casamento de conveniência e o manteria, e que veria os seus filhos crescerem e tornarem-se pessoas que ele não compreende.
Civilização, 15.90€

LIMITE, Frank Schätzing

Maio de 2025: o fornecimento energético da Terra parece estar assegurado, desde que os EUA começaram a extrair Hélio-3 da Lua. A acção transporta-nos para o meio das tumultuosas guerras mercenárias africanas, onde imperam ambições de domínio espacial – acabando depois na Lua, onde um grupo de viajantes se vê subitamente confrontado com uma ameaça mortífera.
D. Quixote, 20€

O HOMEM QUE ERA QUINTA-FEIRA, G.K. Chesterton

Poderemos confiar em nós próprios quando não sabemos quem nós somos? Syme utiliza o seu novo conhecimento para entrar infiltrado no Conselho Anarquista da Europa Central e ficar a conhecer a sua mortífera missão, sob o nome de «Quinta-feira».
Alêtheia, 16€

TOPLESS, Evelyn Hegg

Evelyn é jovem e saudável, tem um bom emprego e um casamento feliz. Só que paira uma sombra na sua vida: a mãe, duas tias e uma avó morreram de cancro da mama. Depois de fazer um exame genético, Evelyn fica a saber que tem todas as probabilidades de vir a adoecer também, e toma uma decisão radical: submete-se a uma mastectomia profiláctica.
Arcádia, 9.95€

EUSÉBIO: A BIOGRAFIA AUTORIZADA, José Malheiro

O maior futebolista português de todos os tempos viveu períodos em que a sua vida desportiva se confundiu com a fábula. Trabalhador insano, lutador indomável, não deixou de ser um óptimo companheiro e um admirável adversário. Deixou páginas ornadas de fantasia, de magia, e chegou a deixar o país em transe.
Quidnovi, 8.99€

COMO REINVENTAR O CASAMENTO QUANDO OS FILHOS NASCEM, Gary Chapman

Quando chega o primeiro filho, parece que o casal tem de começar da estaca zero. Novos papéis e novas prioridades são um duro teste à solidez da relação, porque a atenção passa a centrar-se no bebé. Este livro ajuda-o a reinventar o seu casamento, para que todos desfrutem da alegria de fazerem parte de uma família.
Smartbook, 7.95€

UMA VIDA SEM PROBLEMAS: A MATEMÁTICA NOS DESAFIOS DO DIA A DIA, José Paulo Viana

A Matemática está em todo o lado. Às vezes completamente às claras, outras vezes bem escondida, disfarçada e oculta, mas, se soubermos olhar, lá a encontraremos. Na primeira parte deste livro, tentaremos mostrar como a Matemática influencia a nossa forma de estar no mundo. A segunda parte do livro é constituída por 50 desafios, com as respectivas soluções.
Clube do Autor, 15.50€

TRABALHOS E PAIXÕES DE FERNANDO ASSIS PACHECO, Nuno Costa Santos

Jornalista e escritor, Assis Pacheco (1937-1995) marcou, pelas suas invulgares qualidades e personalidade, toda uma geração. As reportagens e crónicas que escreveu, quebraram os cânones e abriram caminho a novas formas, mais literárias, de fazer jornalismo. Foi também um homem de esquerda e opositor declarado da ditadura.
Tinta da China, 14.90€

Aproveite os nossos descontos!








24/01/12

Ciclo de tertúlias Cidade e Cidadania




















Na tarde de Domingo, 29 de Janeiro, às 16h00, apresentamos a 1ª sessão do Ciclo de tertúlias “Cidade e Cidadania”, sob o tema “Faro, Mudar é Possível”.

A tertúlia contará com apresentação do jornalista Viegas Gomes que tem no prelo um livro com o mesmo título.

As sessões têm entrada livre: para participar nas tertúlias bastam a curiosidade e o interesse pelas matérias em debate.

Destaques e novidades editoriais



















FRANNY E ZOOEY
J. D. Salinger

Franny e Zooey saiu em livro em 1961, e compõe-se de um conto e de uma novela, publicados inicialmente na New Yorker. Franny e Zooey são irmãos, dois dos sete irmãos da família Glass, cujos membros – todos precocemente adultos, hiperinteligentes, e às voltas com questões existenciais – são personagens frequentes na obra de Salinger.
Quetzal, 14.90€

OUTRA VIDA
Rodrigo Lacerda

Um homem, uma mulher e uma criança esperam na rodoviária o momento de embarcar na camioneta que os levará de volta à pequena cidade de onde vieram. Foram expulsos da capital pelas deformações do seu projeto comum. Enquanto esperam a hora da partida, os conflitos emergem de forma silenciosa e dramática, e o frágil equilíbrio que os mantém unidos ameaça ruir a qualquer momento.
Quetzal, 14.90€

OS DESCENDENTES
Kaui Hart Hemmings

Tendo como cenário a paisagem exuberante do Havai, conta a história de uma família pouco convencional que se vê forçada a unir-se e a recriar o seu próprio legado. Adaptado ao cinema por Alexander Payne e protagonizado por George Clooney, Os Descendentes foi considerado o Filme do Ano para a Associação de Críticos de Los Angeles e é um dos favoritos aos óscares.
Presença, 16.50€

LÚCIO FETEIRA - A HISTÓRIA DESCONHECIDA
Miguel Carvalho

O assassinato de Rosalina Ribeiro, companheira do milionário Lúcio Tomé Feteira, trouxe à luz do dia a violenta disputa da incalculável fortuna do industrial português. Com recurso a dezenas de testemunhos, documentos inéditos e arquivos públicos e privados, esta é a 1ª parte da história de um homem poderoso, fascinante e controverso.
Quidnovi, 16.65€

VIDAS PLURAIS
Estratégias de integração de imigrantes africanos em Portugal
Vários

Este livro dá a conhecer, através de 20 casos concretos, os modos como os imigrantes africanos lidam com a sociedade portuguesa, e as suas estratégias de integração. As suas acções podem ser-lhes benéficas ou prejudiciais e os contextos onde se movimentam impõem- lhes constrangimentos, mas também proporcionam oportunidades.
Tinta da China, 19.90€

A DECADÊNCIA DO OCIDENTE
Dambisa Moyo

Com um estilo preciso, analítico e rigoroso, que não raras vezes desperta a polémica, Dambisa Moyo analisa o mundo, como está e como estará em breve, e reflecte sobre a complacência do ocidente em relação aos seus principais argumentos de desenvolvimento, acumulação de capital, acumulação de capacidades e inovação técnológica.
Bertrand, 16.50€

WITTGENSTEIN E A ESTÉTICA
Nuno Crespo

Num dos seus cadernos de notas Wittgenstein escreveu: «Penso ter resumido a minha atitude relativamente à filosofia quando disse: a filosofia só deveria poder ser poesia». E uns anos mais tarde acrescentou: «A estranha semelhança entre uma investigação filosófica (talvez especialmente na matemática) e uma investigação estética».
Assírio & Alvim, 18 €

ESTILHAÇOS E CESARINY
Adolfo Luxúria Canibal, Mário Cesariny

Poemas de Cesariny e Adolfo Luxúria Canibal, ditos por este, acompanhado musicalmente por António Rafael, Henrique Fernandes e Jorge Coelho. Uma edição enriquecida com fotografias de Nuno Moreira, e pela reprodução de obras de Cesariny. Contém um CD.
Assírio & Alvim, 28€

A TEMPO INTEIRO
Tamayo Marín

“A morte vive em nós, sustenta-nos, parece dizer a icónica figura que em nenhum outro lugar como no México faz parte do quotidiano (não apenas na carne da simbólica).“ Inclui ilustrações de Tamayo marín, e o poema Sérgio Godinho.
Assírio & Alvim, 20€

UMA HISTÓRIA DO DESPORTO EM PORTUGAL - VOL I
Nuno Domingos, José Neves

A partir dos diferentes processos que fizeram do corpo humano um corpo desportivo, este livro analisa tanto o modo como o Estado investiu esse novo corpo de funções militares, educativas ou higiénicas, como as diferentes formas que tomou a sua apropriação social, do culto do amadorismo à espectacularização da cultura popular urbana.
Quidnovi, 24.99€

PODEMOS MATAR UM SINAL DE TRANSITO?
Porfirio Silva

Sem ser romance, é como um romance: conta uma história que queremos saber como acaba. Sem ser ensaio, é um ensaio: tem uma tese, mas não a impõe, dei­xando ao leitor o trabalho/gosto, de descobrir o seu próprio caminho. É um divertimento, mas também é filosofia por ser pensamento estruturado, e política por questionar as dinâmicas da nossa vida colectiva.
Esfera do Caos, 12.90€

PORTUGAL - O MELHOR PEIXE DO MUNDO
José Bento dos Santos, Fátima Moura

“Durante a minha vida de viajante pelas cinco partes do mundo, devo ter provado o peixe e o marisco de todos os oceanos, de todas as costas, de muitos lagos e muitos rios. E tenho, para mim, a convicção íntima e segura de que, jamais, em lado algum, encontrei a qualidade, o sabor e a frescura que rivalizem com o peixe de Portugal.”
Assírio & Alvim, 38€

História de Portugal, de António Borges Coelho











António Borges Coelho escreve “esta História ao rés da fala. Sem dalmática, questiono. Não sigo o cânone. Persigo o rigor e o prazer da palavra.”

“Donde Viemos” é o 1º volume desta série, percorre a História até à Reconquista cristã. O 2º volume abraça o tempo da formação e da refundação do estado português. No 3º volume, milhares de navegantes portugueses sulcam o Atlântico nas armadas e nos navios de comércio.

O mundo de Stieg Larsson













OS SEGREDOS DA RAPARIGA TATUADA
Dun Burstein, Arne de Keijzer, John-Henri Homberg

Neste livro, entramos no mundo de Lisbeth Salander, Mikael Blomkvist e do próprio Stieg Larsson, descobrindo as experiências da vida do autor, os incidentes à volta da vida política sueca, da violência sobre as mulheres e dos movimentos neonazis que estão no centro da sua obra.

Porque é considerada a Trilogia Millennium tão fascinante? Quais eram as ideias de Larsson para o 4º livro? Terá deixado pistas para a série de dez que pensara escrever?...

23/01/12

Mario Vargas Llosa: o sonho do celta, fantasias e quimeras

«Escuchó unos movimientos, rezos de los sacerdotes y, por fin, otra vez un susurro de Mr. Ellis pidiéndole que bajara la cabeza y se inclinara algo, please, sir. Lo hizo, y, entonces, sintió que le había puesto la soga alrededor del cuello. Todavía alcanzó a oír por última vez un susurro de Mr. Ellis: “Si comntiene la respiración, será más rápido, sir”. Le obedeció.»

Mario Vargas Llosa, El sueño del celta (2010)
O problema das biografias literárias de personalidades histó-ricas assenta no facto de já se conhecer, em linhas gerais, o alfa e o ómega dos percursos que traçaram em vida. Tudo deriva da notoriedade granjeada ao longo desse intervalo de tempo e que a memória dos homens tenha querido ou sabido preservar. O cronista só acrescenta pormenores verídicos à fábula e outorga um aparato estético ao discurso. Por vezes, enfatiza a faceta brilhante do herói, outras a sombria do anti-herói. Opções legítimas tomadas pelo autor de serviço em demanda do leitor ideal ou tido como tal.

Mario Vargas Llosa deixou-se seduzir pela figura controversa de Sir Roger Casement (1864-1916), diplomata britânico e nacionalista irlandês, revolucionário gaélico e humanista universal, patriota para uns e traidor para outros. Percorreu de ponta a ponta os relatórios públicos e diários secretos que nos deixou, centrou-se no combate sem tréguas sustido em três continentes em prol da liberdade dos povos colonizados e compôs uma interpretação pessoal dos acontecimentos a que deu a forma de romance. Chamou-lhe O sonho do celta (2010), apropriando-se do título homónimo dado pelo retratado a um longo e esquecido poema épico, escrito em 1906, sobre o passado mítico da Irlanda.

A ação inicia-se no cárcere londrino de Pentonville Prison, numa manhã chuvosa de abril de 1916, onde o condenado se manterá até à execução da pena capital por enforcamento, ocorrida cerca de três meses mais tarde. Os dias e as noites são ocupados num ajuste de contas constante enredado entre as sombras do passado e as luzes do presente, erigido em intermináveis monólogos interiores tecidos na mais profunda solidão e em escassos diálogos milimetricamente cronometrados com o carcereiro e uma ou outra rara visita que a severa e justiça de Jorge V lhe foi magnanimamente concedendo.

A organização novelesca faz-se também através da alternância deste bloco narrativo recente com um outro de eventos pretéritos, aquele que nos conduz à infância, juventude e maturidade do protagonista, repartido por três espaços cénicos maiores, onde o seu destino trágico se teceu e firmou: Congo, Amazónia e Irlanda. Em todos eles, denunciou os abusos das grandes potências contra os países subjugados, escudadas sempre no argumento de o fazerem em nome da civilização. Esclavagismo, tortura, exploração e genocídio são alguns dos meios utilizados para atingir os fins almejados. Na etapa africana, relatou as iniquidades cometidas por Leopoldo II da Bélgica no Estado Livre do Congo; na americana, as atrocidades praticadas pela Peruvian Rubber Company sobre os nativos peruanos; na europeia, a violação do direito à independência irlandesa por parte da Grã-Bretanha.

As batalhas travadas no hemisfério sul valeram-lhe o título de cavaleiro e as mais subidas distinções, as encetadas no hemisfério norte a destituição de todas as honrarias e a condenação à morte. A mão imperial que é pródiga a outorgar não vacila um único instante quando toca a despojar. Recorre a todos os expedientes disponíveis para levar a bom termo os altos interesses do estado. Os crimes humanitários revelados nas páginas oficiais do Blue Book são apagados e os desvios sexuais relatados nas páginas íntimas dos Black Diaries são divulgados.

Os perseguidores de êxitos fáceis na república das letras esfregariam as mãos de satisfação e explorariam até às raias do razoável um filão comercial tão auspicioso, sobretudo quando o erotismo divulgado roça a suspeita de pedofilia. Vargas Llosa não cometeu o duplo erro de branquear o perfil negro posto a nu nos escritos privados ou de o empolar desmesuradamente na textura narrativa. Refere-o com naturalidade e dá-lhe o peso relativo merecido. A seu ver, todas as pessoas são feitas de contradições. Casement não fugiria muito a esse destino de anjo e demónio, de herói e mártir. Depois nem precisava de ter vivido todas as obscenidades pestilentas que escreveu com o próprio punho. Bastava imaginar que as tinha vivido e passá-los para um papel que só ele leria. O ficcionista atesta, assim, que não existe perfeição ao cimo da terra e que, de quando em quando, temos de ser nós a fazer de juízes supremos para aferir com lisura e rigor o bem e o mal e decidir com isenção e eficácia os pequenos/grandes deslizes que nos definem como seres humanos plenos.

18/01/12

LIVROS EM INGLÊS NO PÁTIO

















Temos uma colecção de livros em inglês, na maioria de autores portugueses, mas também de autores estrangeiros e livros infantis (e pode encomendar-nos o que não tivermos).
LIVROS E REVISTAS DE ARQUITECTURA & ARTE













No Pátio, temos disponível uma selecçao cuidada de livros e revistas de referência, de arte e arquitectura, de editoras nacionais e da espanhola CATACLISMO. Por encomenda, podemos disponibilizar títulos de diversas editoras portuguesas, espanholas e brasileiras. Venha ver o que há!

15/01/12

"Responsabilidade Financeira e Tribunal de Contas" - palestra e apresentação do livro



















No dia 21 de Janeiro, às 16h00, está agendada uma palestra e sessão de apresentação do livro “Responsabilidade Financeira e Tribunal de Contas”, da autoria de António Cluny.

A obra do Procurador-Geral Adjunto no Tribunal de Contas será apresentada pelo Dr. António Cabrita, Vice-Presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados.

Durante a sessão, serão discutidos temas de extrema actualidade no contexto político e económico que vivemos, e que são um espelho das preocupações de todos.

Sobre o autor:

António Cluny é Procurador-Geral Adjunto no Tribunal de Contas desde 1998.



Foi presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP).


Em 2011 foi eleito presidente da Medel, associação de juízes e procuradores pela democracia e liberdade, que junta organizações de 11 países europeus.

Sobre a obra:

A obra pretende, antes de tudo, reflectir sobre a realidade e virtualidades da jurisdição do Tribunal de Contas, e na necessidade de apuramento e efectivação das responsabilidades financeiras dos que usam e gerem dinheiros públicos.

Segundo o autor, a ideia deste livro nasceu, primeiro, da necessidade de ir coligindo apontamentos sobre aspectos técnicos ligados ao desenvolvimento prático da efectivação de responsabilidades financeiras no Tribunal de Contas.

E, depois, como um imperativo de consciência e de cidadania face à actual crise económica, social e política.

O livro procura traduzir a evolução do conceito de responsabilidade financeira em função da própria evolução dos modelos políticos, económicos e administrativos da nossa sociedade, debruçando-se em seguida sobre os instrumentos jurídico processuais que permitem a efectivação da responsabilidade financeira, bem como sobre as muitas dificuldades, ambiguidades e insuficiências que eles ainda comportam.

Por fim, o livro procura, ainda, aventar caminhos possíveis para a resolução e ultrapassagem de alguns desses bloqueios.

11/01/12

Café Oceano, hoje às 18h, no Pátio de Letras


«Uma experiência a bordo do navio científico Joides Resolution vai ser tema da videoconferência que o Café Oceano vai realizar no próximo dia 11, no Pátio das Letras, em Faro.

A partir das 18h00, o público participante vai entrar em contacto com o convidado Hélder Pereira, que se encontra numa missão de dois meses num dos maiores navios oceanográficos do mundo, no Golfo de Cadiz.

O convidado é professor na Escola Secundária de Loulé e antigo aluno da Universidade do Algarve e vai falar sobre as atividades desenvolvidas a bordo deste navio.

Importa recordar que a iniciativa Café Oceano consiste na criação de uma espaço de discussão informal sobre assuntos relacionados com o oceano. As tertúlias Café Oceano realizam-se uma vez por mês, num café-bar de Faro.

Atividades e outras informações sobre a iniciativa podem ser consultadas no seguinte endereço: http://cafeoceano.blogspot.com .»

10/01/12

Super-saldos: bons livros a partir de 3€!










Destaque editorial: explicar a morte aos mais pequenos

















O URSO E O GATO SELVAGEM
Kazumi Yumoto e Komako Sakai

São muito poucos os livros contemporâneos para crianças que oferecem uma abordagem simultaneamente bela, delicada e inteligente ao tema da morte e do luto.

Comovente e poético, sem ser lamechas; afetivo, sem ser condescendente; apelativo, sem ser banal, esta é uma obra sobre a transição, sobre a dor da perda e sobre a solidão, mas é ainda mais uma obra rara sobre a memória e sobre o poder curativo e regenerador da amizade e da música.

Espaços e silêncios enchem de sentido as páginas monocromáticas, em granulosas e subtis tonalidades de negro, branco e cinzento. Apenas as guardas libertam um cor de rosa bombom, que se torna no único e significativo apontamento de cor ao longo das ilustrações, discretamente retro.

14€, Bruaá
[a partir dos 4 anos]

09/01/12

Catherine Clément, as histórias com história da Senhora

«Béatriz était leur Dame. Elle était devenue leur Señora. […] “Ha-Gueveret”, criaient nos frères en hébreu. La Dame. C’est à Salonique qu’on l’appela ainsi pour la première fois.»
Catherine Clément, La Señora (1992)
A escrita foi inventada pelos sumérios há cerca de 5300 anos. A literatura deve ter surgido pouco mais ou menos por essa altura. Desde então até hoje, o homem terá criado qualquer coisa como cem milhões de milhões de originais que a voragem do tempo lá foi fazendo chegar até nós. Cifra prodigiosa que nem o leitor mais aplicado logrará atingir nas suas viagens contínuas pelos livros que contam histórias fingidas ou verdadeiras. Estima-se que nenhum deles consiga ultrapassar uma escassa parcela de 0,01% desse número prodigioso. Desconheço o modo como os entendidos na matéria chegaram a esses resultados de cálculo probabilístico. Fica-se todavia com a ideia geral da grandeza da criatividade humana e da pequeneza que todos nós temos de o entender na sua universalidade.

Há obras que percorremos uma única vez ao longo dos nossos trajetos empenhados pelas letras feitas de palavras portadoras de sentido. A qualidade relativa de cada uma delas é irrelevante para explicar essa singularidade. O desejo de achar outras associações de sons geradoras de prazer estético limita-nos os passos e obriga-nos a saltar de página em página até descobrir o tal poema-ficção da nossa vida. Tarefa inglória, porque todos os dias surgem títulos novos que nem teremos ocasião de conhecer pelo nome. De quando em quando, deixamo-nos de ilusões e lá nos lembramos dum texto que em tempos nos encheu as medidas e temos vontade de visitar de novo. A Senhora (1992), de Catherine Clément, cabe nesta categoria de livros repescados num passado recente, sem direito, ainda, a serem postos na prateleira dos clássicos imortalizados por gerações sucessivas de ledores. Nunca o saberemos.

O mais conhecido relato da autora francesa está centrado na mais ilustre humanista portuguesa que a centúria de quinhentos produziu. Beatriz de Luna se chamou na pia batismal (1510) e Mendes após o casamento católico (1528). Dona Grácia (Hannah) Nassi se passou a nomear por vontade própria após a fuga à Inquisição de Lisboa (1536) e posterior substituição da qualidade de conversa forçada pela de judia convicta em Ferrara (1550). Ganhou o epíteto de A Senhora em Salónica (1553/4), que manteve pela vida fora até ao ano da morte ocorrida na Terra Santa (1569), onde era tida como uma digna rainha da Palestina. A história desta mulher invulgar é também a história dum mundo em mudança. Aquele que trocou as alegadas trevas medievais pelas proclamadas luzes renascentistas. As que levaram a civilização ocidental aos quatros cantos da terra e deram origem à globalização. Época de grandes transformações culturais nas artes, filosofia e ciências, de grandes convulsões sociais na economia, política e religião. Aquela que opôs papistas e protestantes, expulsou marranos e mouriscos, promoveu a limpeza de sangue, acendeu fogueiras e espalhou o terror e a guerra um pouco por toda a parte. No velho continente, a tolerância e convívio dos três monoteísmos abrâmicos foi sentido de modo diferente nos diversos países que o compunham, com particular complacência no império otomano, local de refúgio final da comunidade sefardita ibérica tutelada pela viúva do banqueiro Francisco Mendes / Semah Benveniste, a dominadora ou Ha-Gueveret, como também era apelidada.

A crónica das errâncias da protetora do povo hebreu na diáspora, mecenas de artistas e intelectuais no exílio, patrocinadora da Bíblia de Ferrara e das Consolações das tribulações de Israel de Samuel Usque, íntima do médico João Rodrigues de Castel-Branco, mais conhecido por Amato Lusitano, partidária do messias David Rubeni e do rabi Isaac Louria, é-nos transmitida através do ponto de vista do sobrinho e genro João Micas / Dom Josef Nassi, feito cavaleiro pelo imperador Carlos V e Duque de Naxos pelo sultão Selim II. É a esta figura incontornável da primeira modernidade europeia, amigo íntimo de Maximiano II de Áustria e inimigo figadal de Filipe II de Espanha, que Catherine Clément confia o fio condutor de todas as histórias com história de Dona Grácia Nassi, a Senhora, escrita em homenagem de todas as Beatriz da dispersão de Israel. Tributo literário que a judia de Lisboa merecia, graça que todos nós ficamos a dever à judia de França. Assim o afirma no derradeiro parágrafo do romance, assim se identifica com a protagonista da efabulação, assim se evoca o exemplo duma vida que a ortodoxia católica tentou apagar e que a ficção romanesca recuperou e trouxe ao nosso convívio. Que a leitura se faça refaça então e que aproveite.

03/01/12

Cantar o Ano Novo no Pátio




















Este sábado, 7 de Janeiro, às 16h00, dá-se ao boas vindas ao Ano Novo na Livraria Leya no Pátio, com as charolas d’A Democrata da Bordeira e, pela 1ª vez, as Charolas da Casa do Povo de Estoi.

As Charolas são uma forma antiga de comemorar o Ano Novo e o Dia de Reis, em que se cantam versos de louvor ao Deus Menino (evocando a visita dos Reis Magos), mas também críticas brejeiras e mordazes sobre o ano que passou.

No Pátio vamos ter dois grupos, sendo o canto profano uma marca d’A Democrata da Bordeira, e o canto ao Menino tradição das Charolas da Casa do Povo de Estoi.

02/01/12

Adiada sessão sobre Org. Municipal na Época Moderna

Por razões imponderáveis, a que o Pátio é alheio, não poderá realizar-se na data prevista (14 de Janeiro) a sessão já anunciada, com o reputado acdémico nosso conterrâneo, Professor Doutor Joaquim Romero Magalhães.

Pelo facto pedimos as nossas desculpas e agradecemos toda a divulgação que possam fazer deste adiamento (esperamos que a sessão possa realizar-se em Fevereiro, em data a anunciar).